DESTACADO DA PARTIDA – GUGA (VS VASCO)
Ninguém imaginaria que o perdido Guga (1998) que entrava em gramado na reestreia do Atlético Mineiro no Campeonato Mineiro contra o América-MG se tornaria peça importante na equipe de Sampaoli. De volante mal posicionado, que não atraia e nem fixava o marcador, o lateral-direito assimilou os conceitos do jogo posicional e contra o Vasco pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro mostra capacidade de agregar desde a saída de bola até a etapa de construção ofensiva.
Mais a direita no losango em 3+1 visto no último domingo, Guga entrega passes de ruptura a Jair e principalmente aceleração de etapas ao encontrar Savarino como extremo em constante amplitude. Ademais, demonstra boa visão de jogo e poder de condução participando ativamente do gol de empate da equipe mineira e somando 9/11 bolas precisas ao longo do jogo.
No segundo tempo, com a saída de Jair e a entrada Allan, quando o placar marcava 4-1 favorável, ainda foi possível vê-lo construir a partir da base da jogada ao lado do camisa 29 recém-entrado e do zagueiro Júnior Alonso, onde foi mais produtivo. Ou seja, evidencia uma adaptação não somente em função mais simples como em saída de 3 como também em zonas mais avançadas e maiores responsabilidades criativas e de transição defensiva.
Em organização defensivo Guga era o setor a ser explorado pelo adversário devido a baixa operacionalidade de transição defensiva e baixo poder de combate. Contra o Vasco se mostra um atleta mais preparado ao atuar (como habitual) em encaixe ao extremo esquerdo adversário, no caso, a jóia vascaína Talles Magno. Nesta função somou 5 interceptação, 6 desarmes e venceu 6/11 duelos no chão e todos os 2 duelos aéreos.
Ainda precisa se atentar a transições para se tornar um jogador mais consistente, mas mostra alta curva de crescimento em tão pouco tempo de trabalho, deixando de ser um lateral-direito exclusivamente para atuar também em zonas mais centralizadas do campo e auxiliar na saída de bola.